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PARQUES URBANOS
Parques lineares e margens de corpos hidrícos

Parque Linear Santa Luzia: Planejamento de uma paisagem regenerativa

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Manuella Monção Gonçalves

A Chácara de Santa Luzia - DF, está localizada nas proximidades de áreas ambientais fragilizadas (Parque Nacional de Brasília, Área de Interesse Ecológico de Cabeceira do Valo) devido sua proximidade com o já desativado Lixão da Estrutural. A comunidade enfrenta atualmente problemas relacionados a questões ambientais – ameaça da qualidade da água, contaminação do solo e possíveis enchentes; e as questões sociais – falta de infraestrutura urbana e precariedade sanitária. A situação da comunidade agrava-se devido as constantes ameaças de remoção da população devido aos fatores citados. Logo, partindo dos estudos e trabalhos que já vem sendo realizados na área pelo Projeto de Extensão “Santa Luzia Resiste”, que reúne trabalhos de pesquisa e extensão desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa e Extensão “Periférico, trabalhos emergentes” em parceria com o Grupo de Pesquisa “Água e Ambiente Construído”. A Proposta do projeto do Parque Linear Santa Luzia atrelado ao planejamento de uma paisagem regenerativa, surge para agregar e fortalecer a luta em defesa da comunidade de Santa Luzia
e complementar trabalhos como o Plano de Bairro de Santa Luzia, por exemplo. O Plano de baixo é um trabalho final de graduação de curso de Atília Resende, que teve como objetivo elaborar por meio de um processo participativo uma proposta que serviria como mediação dos conflitos existentes. O Parque Linear surge a fim de, não apenas evitar a remoção da população do local e atender suas necessidades, mas também como um conjunto de soluções integradas a infraestrutura verde a fim de recuperar uma área degrada e propor um projeto sensível a água. A elaboração desta proposta foi possível com estudos sobre paisagismo regenerativo, reabilitação da paisagem, recuperação de áreas degradadas, infraestrutura verde, parques lineares e análises de pesquisas em andamento sobre a área de intervenção.

Parques urbanos sensíveis à água - Praia do cerrado

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Marina Eluan

A sustentabilidade do ciclo da água e a preservação do ambiente coexistindo com a vivência da população na Orla do Lago Paranoá são o enfoque do parque. Esses pontos são fundamentais para satisfazer o desejo que foi a motivação do projeto: termos em Brasília áreas de lazer e esporte estruturadas que o público possa ter uma relação próxima com a água. O projeto é um parque urbano sensível à água localizado no Lago Sul, onde funciona hoje o projeto esportivo Praia do Cerrado, dentro da Área de Relevante Interesse Ecológico do Bosque. O terreno em frente ao Pontão do Lago Sul foi escolhido, pois já está sendo utilizado pela população com área de lazer e acesso à água. Além da questão do urbanismo 

ligado com a natureza o parque também busca a conexão da cidade que é incentivada com a criação de uma passarela em baixo da Ponte Honestino Guimarães que conecta o Pontão do Lago Sul ao Parque, pontos de ônibus e ciclovias internas conectadas com as externas ao parque.

O desenvolvimento do projeto utilizou dois métodos: uma tabela que aglomera padrões de linguagem para analisar parques urbanos sensíveis à água e o processo participativo. A tabela utilizada foi desenvolvida no artigo que escrevi Parques Urbanos Sensíveis à Água que tem como fonte o trabalho de Liza Andrade que correlaciona os padrões de linguagem de Christopher Alexander com as diretrizes definidas pelo programa australiano Desenho Urbano Sensível à Água. Esse método visa sistematizar a analise de pontos não visíveis no desenho urbano do projeto e são organizados em tabelas ou diagramas. Os padrões mais relevantes para este trabalho são os padrões que apresentam elementos relacionados à parques, como água e áreas livres e verdes. Alexander afirma que e as pessoas têm “um desejo primitivo por corpos d’água, porém o movimento das pessoas em direção à essa água também pode destruí-la.”., sendo assim, é necessário permitir que os assentamentos urbanos mais densos cheguem mais próximos à água, mas todas as medidas para promover a sustentabilidade do local devem ser tomadas. O processo participativo envolve a comunidade em torno do projeto, neste caso envolveu as pessoas que organizam e frequentam o projeto esportivo praia do Cerrado que já ocorre na ARIE do Bosque. Esse processo tem a intenção de fazer um projeto adequado aos anseios de quem já utiliza o local e também aumentar a influência nas decisões de partido. Este processo foi baseado na aplicação de um questionário aos usuários do parque e por informações fornecidas pelo criador do programa esportivo que acontece no local. Um dos organizadores do projeto esportivo Praia do Cerrado, Sergio Marques, que aluga caiaques e SUP’s na área, além de colaborar com a manutenção do terreno e ter direito de uso da área explicou sobre todos os problemas que já ocorrem no local. O questionário foi a segunda ferramenta utilizada para identificar os anseios da população diante do parque e foi aplicado com os usuários do parque e também na internet.

 

A inspiração da forma orgânica do desenho urbano do parque são as ondas da água e a geometria da arquitetura foi criada a partir das estruturas em membrana existentes no local. O método de padrões foi utilizado para definir as necessidades do parque e assim as estruturas que foram inseridas são: uma área de restaurante, banheiros, decks, passarelas, lagoas de drenagem, quadras de esportes e um lookout para admirar a vista e ser uma área de descanso. A arquitetura é feita utilizando madeira, encaixes e telas de metal, procurando utilizar materiais sustentáveis. Concluindo, o projeto procurar manter a área preservada, mas sendo utilizada pela população com consciência e aproximando o brasiliense do Lago Paranoá.

Parque Linear Santa Luzia: Planejamento de uma paisagem regenerativa

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Priscila Miti

O objetivo desse trabalho é desenvolver, em conjunto com a população, um projeto para o Parque Ecológico do Itapoã, juntamente com um desenho urbano para sua zona de entorno. Promovendo discussões sobre a preservação do meio ambiente e alternativas de construções menos poluentes com crianças e adultos. Estimulando um vinculo afetivo da população pela cidade.

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